Resiliência é um tema que tem sido muito falado, tanto no ambiente corporativo quanto nos processos de autoconhecimento e de educação. No livro, “O cérebro que diz sim”, Daniel Siegel conceitua resiliência como a capacidade de se recuperar quando surgem os problemas inevitáveis da vida. Pela cultura de paz e da Comunicação Não Violenta (CNV), a resiliência vem acompanhada da clareza da situação, dos sentimentos e das necessidades em envolvidas no contexto, como um convite para a transformar desafios em oportunidades de aprendizado.
Como indivíduos, nós florescemos e nos desenvolvemos quando estamos conectados, quando somos parte do fluxo de uma comunidade maior. A humildade que nos permite apreciar uns aos outros torna o mundo mais forte e positivo – e traz mais resiliência a cada um de nós.
Lidando com erros como oportunidades
Através da lente da CNV, somos convidados a aprender com os erros, sem perder o autorrespeito. Em um caminho de autoconhecimento, podemos compreender os erros como momentos de autodescoberta, onde podemos identificar nossas necessidades e buscar soluções construtivas para o momento presente ou para futuros desafios.
Exercite a autoempatia: tente se conectar com as necessidades que você estava tentando cuidar quando o erro aconteceu
Transformação pessoal: encare os erros como momentos de autodescoberta e oportunidade de evolução.
Soluções construtivas: use a CNV para ter clareza e encontrar soluções diferentes.
Lições valiosas: a resiliência permite extrair lições valiosas para seguir em frente.
Seja humano: lembre-se que todo mundo erra.
O uso violento da resiliência
No senso comum, a resiliência é frequentemente vista, simplesmente, como a capacidade de suportar dificuldades e permanecer firme, quase como se fosse uma questão de resistência bruta. Muitas vezes, é utilizada como estratégia de dominação, fazendo as pessoas se submeterem a dinâmicas de trabalho abusivas e desrespeitosas. Em outras palavras, pessoas em posição de autoridade (chefes, por exemplo) exigem mudanças e comportamentos em nome da resiliência.
Diante disso, é importante lembrar que a CNV nos convida a reconhecer as violências, a comunicar os nossos valores e limites com autenticidade e a construir dinâmicas de parceria e respeito mútuo.
Essa visão limitada da resiliência ignora seu verdadeiro potencial de transformação e crescimento.
A verdadeira resiliência:
“A verdadeira resiliência se manifesta na recuperação resiliente, onde não apenas retornamos ao nosso estado anterior, mas também emergimos mais fortes e mais preparados para enfrentar futuros desafios.”
Recuperação Resiliente: Não apenas retornar ao estado anterior, mas emergir mais forte.
Aprendizado e Crescimento: Usar a dor e o sofrimento como trampolins para o crescimento.
📌 Dicas para desenvolver resiliência com CNV
1. Pratique a autocompaixão:
- Seja gentil consigo mesmo nos momentos de erro.
- Reconheça e acolha suas emoções e necessidades.
2. Desenvolva a empatia:
- Escute ativamente os outros.
- Tente compreender as perspectivas alheias.
3. Foque nas soluções:
- Identifique os problemas e busque soluções construtivas.
- Use a CNV para facilitar a comunicação e a resolução de conflitos.
4. Cultive relacionamentos saudáveis:
- Fortaleça seus laços com familiares e amigos.
- Valorize o diálogo e a conexão emocional.
📌 Exemplo na EDUCAÇÃO
A resiliência, quando aliada à Comunicação Não Violenta, não só nos ajuda a enfrentar os desafios da vida, mas também nos transforma em indivíduos mais fortes, sábios e empáticos. Abraçar essa perspectiva pode nos guiar para uma vida mais plena e harmoniosa.
Vamos juntos transformar nossos desafios em oportunidades de crescimento!
Commentaires